Tua vergonha, é uma vergonha.
Envergonha-me, você, com sua vergonha.
Vergonha nem sempre é preconceito...
...a vergonha que ostentas, entretanto,
vergonhosamente o é.
É vergonhoso ser hipócrita,
fariseu da inércia Ordem Eclesiástica.
É vergonhoso, ademais,
seguir complacente na direção transloucada dos ventos...
Minha vergonha,
confesso, é a vergonha que vejo em teu olhar
inquieto e assustado.
Acaso pode outrem levar de ti a dignidade?
Minha vergonha é a vergonha que tens, não por tê-la,
mas por não sabê-la.
Constrangi-me a vergonha que escondes.
Pensei, outrora, admirar-te mais no porvir.
Delego a ti, tua vergonha...
Percebo-te, vergonhosamente, ruborizar-se ante
o Belo e o Divino...
Titubeias frente ao Amor, desfaleces perante quem Ama.
As regras que em ti, te permites sobrepor...
...envergonham-me.
Teus páreas, SUAS RÉDEAS, vosso entrave...
A ti, a vós, nada se abre.
Vives fechado num amplo e diversificado mundo de mesmices repetidas e multiformes...
Envergonha-te, o que fazes de ti; e sei sabê-lo!
Meu Amor!
Estás a seguir.
Ao passo que caminhas, te perdes de ti.
São os passos da vergonha que o fazem fugir.
Na fuga, um vergonhoso covarde ou um covarde envergonhado?
És igual.
Honrosamente igual a tantos...
Tal qual ladrilho feito com esmero de artesão.
Que vergonha há que se evidenciar além de tua paridade?!!
Tua falta de dicotomia, hoje tão perceptível, amplifica tua existência banalizada...
Já não encantas, não tens vergonha de ter vergonha?
Desavergonhado, fui acordado com teus pudores, moralismos, formalidades, tabus e,
de sobressalto, deparei-me com a indiferença e o descaso ante o todo já vivenciado e
a ti compartilhado.
Não sou como tu
Nunca o fôra.
Talvez outrora, quando também refreado pelas convenções, estivéramos próximos.
Nossa diferença é a minha falta de vergonha.
A vergonha que tens não faz diferença...
...é comum!
Não mudará e nem modificará nada.
O Mundo será sempre o mesmo, graças à vergonha da qual partilhas.
Não tenha vergonha
Ame aos seus
Como forem e como quiser.
Poderás sempre Amar mais do que o que se tem convencionado amar...
És maior que tua vergonha, teu pudor o tem diminuído.
Daí...
Entre tantos
Não falarás a língua dos grandes...
Há barulho demais para pouca idéia.
Não compreenderias como, sem qualquer vergonha, lutei por ti.
São anos de busca, de indagações mil, de sonhos, de espera.
Entristece-me a vergonha que não pude exteriorizar...
Tiveste acaso vergonha de ouvir meu grito de Amor?
Presumo que o que tens, e já o ofereces, não é o que buscara.
Sinto vergonha também, por nosso desencontro.
Lamento teus passos
afastam-nos em nossos caminhos...
Acaso há ser civilizado que logre o despropósito
de Amar a quem lhe tem olho torto?
O Espiar no Tempo nos qualifica o Olhar e a Visão...
Marcilon Oliveira.
Aos intimidados de cá...
quinta-feira, 12 de julho de 2007
EXORTAÇÃO A VERDADE.
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Marcilon Oliveira
às
23:40
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UM SENTIMENTO QUE DÓI.
mas que a estes diminue.
Decresce porque os olhos não vêem, punem.
Mas que se faz em mim enigma do que sou.
e vive
e foge
e corre
e morre
Jesus não me deixa ver.
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Marcilon Oliveira
às
23:07
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EXORTAÇÃO AO HOMEM AMANTE.
Ao Homem que de tanto esperar, desespera.
Pequena praga Egípcia essa que atormenta...
Cambaleante vive esse ser que nada sonha,
que enigma é esse dessa criatura risonha?
Do apogeu de teus dias, preserva-te.
Evita-te.
À este Homem sorriso, cujo riso lamenta, acrescenta, atormenta.
Donde a dor dor sucumbida impõe uma vida, sofrida, partida.
À este que àqueles ousou fitar, contemplar; procurando a si receoso a achar, achar...
Encontrou-se com a vida e com esta a ferida da dor do pensar.
Aplaudido e sofrido,
este Homem; contido.
Sua dor, seu temor, é um coxo a Amar e capenga a pensar.
Presumido em seu medo, temendo os tantos dedos que o possam indicar.
E assim este Homem.
Sob o jugo de um nome, optou por vagar.
Não é esta a Verdade, não é tudo vontade.
Este Homem que arde é bem mais que um covarde.
É assim que é vida...
Essa dama imperativa.
Que ressalva sua glória.
Que ninguém a ignora sem que possa pagar.
Cansado está este senhor
que deixou seu amor
que ocultou sua dor.
Que improvisou um riso.
Que não quis ser preciso e escolheu outra dor...
Marcilon Oliveira.
Ao lirismo em mim...
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Marcilon Oliveira
às
22:59
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MEU OFÍCIO.
Educando,
construímos História.
modificamos a História.
Educamos.
entendemos a mudança como
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Marcilon Oliveira
às
21:54
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EXORTAÇÃO AO MEDO.
Supondo serem os olhos teus, enganosos...
És o que me espanta e tens o que acalanta.
Não quero fugir não a quero aqui, em mim.
Amanhã será cedo
Os olhos da sentinela estão sobre nós, e neles, um varão honroso adora o odiável.
Tens olhos cujo olhar invoca, debate, provoca, esmurra e mudo, desnudo - sois o que sou:
Já não se ama o amável e imensamente ama-se o minúsculo.
Quero em mim, a sinfonia jamais codificada mas que traduza nosso silêncio,
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Marcilon Oliveira
às
21:41
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SEM DEFESAS, O TEMPO FALA.
Antes,
quando jovem
assustava-me o mundo;
acreditava que este
em seu olhar temporal
poderia CONDENAR-ME.
Entendí pouco antes,
quando já maduro
mas ainda infante,
que as regras do mundo
QUANDO MUITO
poderiam tão somente
JULGAR-ME
apenas e só,
posto que é UM MUNDO.
Marcilon Oliveira.
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Marcilon Oliveira
às
21:37
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EXORTAÇÃO À DÚVIDA.
Por quem, de fato, dobram os sinos - pondero.
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Marcilon Oliveira
às
21:02
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É TEMPO...
É primavera fecunda em minha solidão...
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Marcilon Oliveira
às
17:59
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