quinta-feira, 12 de julho de 2007

UM SENTIMENTO QUE DÓI.

Sufoca, este que machuca.

Cuja existência angustia.
Este que, nulo, mutilar-me-ia.
Este, cuja ausência, quebrantar-me-ia.
Um Sentimento para os grandes,
mas que a estes diminue.
Decresce porque os olhos não vêem, punem.
Meu sentimento que em mim está como se
fosse em mim, a melhor parte.
Mas que se faz em mim enigma do que sou.

Eis-me só, e assim, incompleto.
Ei-lho sem mim, com vívida memória onde minha essência, ávida, ser-me-á teor.

Ah! Esse pavor, essa dor.
Divisão, confusão, mutilação.
Busco olhos de perdão.

Não tenho senão, dissabor.

Destrói, este que bate, que arde, que repulsa.
Este que é, sem concepções, real e concreto.
Mata, este que me traz avivamento.
Enlouquece, este que me põe lúcido, vivo.
Dissipa em mim, tudo que em si, completa.

Amarga.
Este que me faz doce.
Azeda em mim o néctar que saboreias docemente

Procuro em ti os que encontro em mim...

E assim o desamparo se instala e à dor do habitar
perambula e corre
e vive
e foge
e corre
e morre
e chega trazendo um olhar.

A ti, de quem oculto os desejos.
De quem a sombra percebo, em quem as vontades guardadas
parecem sacramentadas nas buscas, no desespero.
Contigo, com quem minha voz já não fala
parece que um sonho se embala, vê-se medo de Amar.
Tua gargalhada, tão fingida, tão amada...
parece fundamentada nas razões do meu viver.

Em ti, onde o mistério habita.
Tua arma mais bonita: teu sorriso a me afligir.

Comigo, tal moribundo andante, parece estar implicante tua imagem a perseguir.
Tua Juventude.
Tua atitude.
Tua clareza.
Meu Deus! Tua beleza.
Jesus não me deixa ver.

Quisera mudar as regras do jogo e a despeito de todo povo
me abobalhar a contemplá-lo rir.
O riso dos normais ensandecidos , não hesitar com bramidos e ousar te refletir.

Teu jeito...
de pessoa equivocada,
de gente desencontrada.
Me encanta, me enlouquece e tudo que mais parece, não ouso transparecer.
O Mundo é exíguo ante meu Amor por ti.
E assim fica o dito ao não dito.
Estranho sentimento maldito
que repulsa, acusa em mim.

Toda Vida, todo sonho...
Qual redemoínho medonho
esse amor demais estranho me insandece tal Dilhermano
na procura por fugir.

Marcilon Oliveira.

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