Pausei.
Diante de mim algo maior que eu, decerto algo não muito grande.
Silenciei.
Ao derredor de quem penso ser, um barulho estranho, todavia,
não mais estranho que o barulho feito por quem não penso estar.
Pensei.
No medo que sinto reside a coragem que tenho num ter-me vivo.
Nada em mim há que em ti não reconheça; a loucura que tens é
a sanidade que preservo.
Olhei.
No que vejo há mais que dor; há silêncio.
Temi.
Pegadas ao longe, soluços recentes; há mais que dentes
doídos em mim.
Ouço...
No presente há tormentos que num passado silente me
fizeram mais que ver, fizeram-me entender.
Sinto.
Sinto em sua alegria a Paz que quisera em tempos outros,
a Paz que sonhara em vida esperançosa em ti, em nós.
Sinto o não sentir em ti.
Sinto sentido.
Perco o sentido.
Perco.
Em ti há de haver mais que silêncio; há Sorriso!!!
Dê-me-o!
Basta-me.
Marcilon Oliveira.