sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

CONVULSO EM MIM.

Pausei.

Diante de mim algo maior que eu, decerto algo não muito grande.

Silenciei.
Ao derredor de quem penso ser, um barulho estranho, todavia,
não mais estranho que o barulho feito por quem não penso estar.

Pensei.
No medo que sinto reside a coragem que tenho num ter-me vivo.
Nada em mim há que em ti não reconheça; a loucura que tens é
a sanidade que preservo.

Olhei.
No que vejo há mais que dor; há silêncio.

Temi.
Pegadas ao longe, soluços recentes; há mais que dentes
doídos em mim.

Ouço...
No presente há tormentos que num passado silente me
fizeram mais que ver, fizeram-me entender.
Sinto.
Sinto em sua alegria a Paz que quisera em tempos outros,
a Paz que sonhara em vida esperançosa em ti, em nós.
Sinto o não sentir em ti.
Sinto sentido.
Perco o sentido.
Perco.
Em ti há de haver mais que silêncio; há Sorriso!!!
Dê-me-o!
Basta-me.
Marcilon Oliveira.