domingo, 8 de fevereiro de 2009

EXORTAÇÃO ÀS VERDADES MENTIDAS...


Impacientou-me crer naquele que não mente quando fala mentiras.
Inquietou-se este homem num sentimento que o domina quando liberta.
Olhou-me amargo, de trás e indagativo, solícito e desacreditado.

Esse descrédito dói proporcionalmente no descrente.

Maus dias estes...
Dias cujas horas passam contadas em descontrolada ansiedade.
Por que não se tem o que se quer em suas, mesmo poucas, possibilidades?

O escarro ouvido em mim não é escarro, é medo. Medo do NÃO-MEDO.

A mentira contada na verdade sugerida, indaga:

- Até onde vão as verdades em mim?
- Onde findam tuas mentiras?
- Há encontro nisso?

Essa verdade sufocada implica mentira desesperada,
e nisso não quero crer, melhor, não quero precisar crer.

Mas como não acreditar contigo, se em ti reside a certeza
da incerteza exata para continuar uma verdade em mim?

Confuso?
- Não.

Humano e devoto da PALAVRA, quer em lábios mentirosos,
quer em lábios irreais.

Seu abraço nunca mentiu, tampouco o último.


Marcilon Oliveira

2 comentários:

Loredana disse...

Eu vejo uma beleza nesse texto, incrível!

Paradoxalmente belo.

um beijo :)

Marcilon Oliveira disse...

A beleza paira em seus olhos, minha linda.
És muito gentil comigo...


Beijooo!!! ¬¬