sexta-feira, 13 de julho de 2007

EXORTAÇÃO A UM LOUCO...

Sê, oh louco!
Mais que possam esperar de ti.
Atreve-te ao que não julgas...
Aprenda do que te ensinam o que te soa lógico...
Logicamente! Segue dizendo aos sãos.

Retira de ti tudo que não é teu.
Devolve-o a Sociedade.
Espera dela o mínimo que pode te dar
Dá-lhe o máximo que puderes.

Sê, oh louco!
O que jamais se fôra.

Sê amplamente louco, desequilibre.
Àquela que levou de ti o sonho,
dá-lhe cidadãos perturbadores.

Sê este Homem de pouco juízo e nenhum julgamento.

A tua loucura abonar-te-á em tua Humanidade.

Sê, oh louco!
Feliz apesar de ti.
Que contigo solucem os outros que por aqueles foram edificados.

Entenda,
mas jamais defina.
Ensine o que quiserdes aprender.
Sê mais que ti, sê todos.

Ouça o silêncio.
Ignore o sermão.
Vivifique em ti o que tende a morrer.
O que se dilui , solidifica aos teus.

Não ouse, tal qual Sócrates, debater, ;
silenciosamente louco, esmerando-te das afirmações...
Inquietar-te-á qualquer lucidez.

À ti, esta plena insanidade protege-te de teus páreas.
Sê um louco a cada caso e que o acaso não te ponha lógico
e que o descaso não te imponha relógio.

Sê, oh louco!
Este que de tanto viver, revive.
Dispõe-te a rir...
...ri de tudo que nada entendes.
Ri de ti se acaso te perceberes.

Atente para o bramido das mulheres...
essas,
também loucas,
entender-te-ão...
Não busque nessas, distinção...
todas,
loucas ainda o são.

Marcilon Oliveira.

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